Da série, Crimes do Comunismo: O regime de Pol Pot e o Khmer Vermelho.

by - outubro 02, 2013



O Regime de Pol Pot e o Khmer Vermelho

Saloth Sar (Predefinição:Lang-km), também conhecido como Pol Pot, foi um revolucionário comunista que liderou o Khmer Vermelho, governante do Camboja, mais conhecido por ser responsável pelo genocídio cambodjano. O termo “Khmer Vermelho” se referia a uma sucessão de partidos comunistas no Camboja que evoluíram para se tornar o Partido Comunista do Kampuchea (CPK) e mais tarde ao Partido do Kampuchea Democrático. A organização foi conhecida também como Partido Comunista Khmer e Exército Nacional do Kampuchea Democrático. Em abril de 1975, no Camboja, houve a tomada do poder pelos revolucionários do Khmer Vermelho, que implantaram no país uma das mais sangrentas ditaduras comunistas do século XX: três anos depois da vitória, observadores ocidentais e órgãos internacionais contabilizavam dois milhões de cambojanos mortos em expurgos políticos ou de fome, o que equivaleu a um quarto da população local da época. Um regime catastrófico derivado da ideologia comunista.


Fantasmas vítimas do regime de Pol Pot.

Até os anos 60, o Camboja era considerado uma ilha de paz no conturbado Sudeste asiático, com 600 mil habitantes. Sob o regime autocrático do príncipe Norodom Sihanouk, um governante liberal, o país conseguiu manter-se neutro, apesar de tão próximo do conturbado Vietnã - os dois países e o Laos formavam a antiga Indochina. Sihanouk franqueou o território cambojano ao refúgio de vietcongues e civis que fugiam dos horrores da guerra. Os refugiados vietnamitas elevaram, em poucos anos, a população de Phnom Penh, capital do Camboja, para 2,5 milhões de habitantes. Um golpe de Estado - com o apoio dos EUA e do Vietnã do Sul - depôs o Governo de Sihanouk em março de 70. No exílio, ele formou o Governo Real de União Nacional do Camboja, em parceria com o Khmer Vermelho. A miséria social desfigurava a capital cambojana, tomada por famintos e doentes. No interior, os bombardeios constantes dos americanos tornavam impossível a sobrevivência.


Crianças vítimas do Khmer Vermelho.

A entrada das tropas revolucionárias do Khmer Vermelho em Phnom Penh, em 17 de abril de 1975, encontrou pouca resistência. O que se seguiu, porém, assombrou o mundo. Embora Sihanouk tenha sido declarado chefe de Estado, o comando do país ficou nas mãos do Khmer Vermelho. Em 76, seu líder, Pol Pot, assumiu o poder como primeiro-ministro, após a renúncia de Sihanouk. Por mais de 20 anos, o mundo soube das atrocidades narradas pelos refugiados cambojanos que conseguiam chegar à Tailândia. Durante a revolução do Camboja, Pol Pot rebatizou o país como República Democrática do Kampuchea, e após a invasão de Phnom Penh as pagodas, teatros e museus da cidade transformaram-se em chiqueiros. Ele defendia uma sociedade 100% agrária e ordenou a destruição de qualquer rastro de tecnologia. No campo, o trabalho começava às 4 horas da manhã e terminava às 10 horas da noite. Os camponeses recebiam uma xícara de arroz a cada dois dias. Mais de 90% da classe artística foi exterminada. O sanguinário Pol Pot fugiu quando as tropas vietnamitas ocuparam o Camboja, em 1979, e só reapareceu em 1997. Condenado à prisão perpétua (domiciliar) por genocídio, morreu no ano seguinte.


Depósito de restos mortais de vítimas do Khmer Vermelho.

Após a catástrofe mundial que devastou o Camboja e deixou o mundo de joelhos dobrados perguntando a que ponto o ser humano pode chegar em nome de uma ideologia assassina, só restaram lembranças e memórias negras. Três décadas depois, um dos responsáveis por uma das maiores atrocidades que o ser humano já presenciou, chorou e implorou pelo perdão no banco dos réus, em uma corte formada por três juízes cambojanos, um francês e um neozelandês reunida em Phnom Penh, capital do Camboja, sob a supervisão das Nações Unidas. 

Sob o regime de Pol Pot (1928-1998), o sanguinário líder do Khmer Vermelho, Duch, mais de 1,7 milhão de pessoas foram assassinadas. Só a prisão de Toul Sleng, uma antiga escola secundária convertida em “Campo de Matança”, recebeu 14 mil homens, mulheres e crianças. Apenas sete prisioneiros saíram de lá com vida. Mas em 2008, num procedimento que fez parte da ação judicial movida contra o Khmer Vermelho, mal sabia Duch, que seria obrigado a visitar o antigo presídio que comandava, hoje um museu, e encarar o inferno que criou. Ele chorou diante de uma câmera de vídeo ao implorar o perdão daqueles que torturou e matou. Na corte que vai decidir seu futuro, ele voltou a chorar. “Envio minhas condolências à alma de sua mulher”, disse, depois de ouvir o depoimento de Bou Meng, um sobrevivente de Toul Sleng cuja mulher foi assassinada na prisão. Mas nem todas as lágrimas do mundo juntas conseguem lavar todo o sangue derramado! Homens, mulheres, idosos, crianças, todos estes tiveram que aprender a conviver com a morte! E mal sabiam eles que iriam fazer parte do saldo estarrecedor de mais de um milhão de mortos pelas mãos deste regime comunista.


As crianças tiveram que aprender a conviver com a morte.

Aqueles que sofreram os horrores do regime de Pol Pot, perguntavam-se perplexos: “Que tipo de justiça é possível agora?” Esta pergunta foi feita Marshall Kim, refugiado que hoje é dono de um salão de beleza em Manhattan. Kim tinha 15 anos quando viu soldados do Khmer forçar seus vizinhos a cavar os buracos em que seriam enterrados vivos. “Chorei até não ter nenhuma lágrima”, afirma Kim. Ele não quer esquecer o que viveu, mas acredita que a ONU não aprendeu a única lição que os Campos de Matança poderiam ensinar. Então, amigos, vos deixo a pergunta de Kim, que parece ainda não ter sido respondida: Que tipo de justiça é aplicável em casos como estes, tão comuns no comunismo? Esta é uma pergunta que parece não ter resposta, e este crime deixou uma marca que, com certeza, estará presente na carne e na memória de todo o ser humano por toda a eternidade. Então, meus caros, uni-vos contra o regime, cuja ideologia devastou e continua a devastar toda a humanidade! Lutemos em memória dos fantasmas vítimas do Khmer Vermelho, ou em outras palavras, o Holocausto Cambojano!


Vítimas do regime comunista de Pol Pot.

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3 comentários

  1. Algo que eu notei e não sei se é o certo ressaltar, é a participação dos EUA no golpe de Estado. Com relação a toda essa história do Camboja e dos milhões mortos pelo regime comunista eu não tinha conhecimento. Acredito até que são poucas as pessoas que vão lembrar dessa horror. Interessante é perceber como uma ideologia pode ser tão profana. Isso é reflexo de quando o homem deseja dominar ou melhor, quando o homem deseja ser o Deus.
    Essa postagem é antiga, mas eu não tinha lido como a grande maioria. Estou de volto. Notei que não está tendo novas postagens.
    Abraço, Andrei!

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    1. Colocou perfeitamente, o homem tentando ser Deus. Enfim, é verdade, tenho focado mais na comunidade do Facebook, mas pretendo voltar a postar aqui também! Grande abraço!

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    2. O comunismo é essencialmente um paraíso sem Deus, mas a afirmação sem Deus PESA muito.

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