Da série, Crimes do Comunismo: O regime de Pol Pot e o Khmer Vermelho.
O Regime de Pol Pot e o Khmer Vermelho
Saloth Sar (Predefinição:Lang-km), também conhecido como Pol Pot, foi
um revolucionário comunista que liderou o Khmer Vermelho, governante do
Camboja, mais conhecido por ser responsável pelo genocídio cambodjano. O termo “Khmer Vermelho” se referia a uma sucessão de partidos
comunistas no Camboja que evoluíram para se tornar o Partido Comunista
do Kampuchea (CPK) e mais tarde ao Partido do Kampuchea Democrático. A
organização foi conhecida também como Partido Comunista Khmer e Exército
Nacional do Kampuchea Democrático. Em abril de 1975, no
Camboja, houve a tomada do poder pelos revolucionários do Khmer
Vermelho, que implantaram no país uma das mais sangrentas ditaduras
comunistas do século XX: três anos depois da vitória, observadores
ocidentais e órgãos internacionais contabilizavam dois milhões de cambojanos mortos em expurgos
políticos ou de fome, o que equivaleu a um quarto da população local da época. Um regime catastrófico derivado da ideologia comunista.
Fantasmas vítimas do regime de Pol Pot. |
Até os anos 60, o Camboja era considerado uma ilha de paz no conturbado
Sudeste asiático, com 600 mil habitantes. Sob o regime autocrático do
príncipe Norodom Sihanouk, um governante liberal, o país conseguiu
manter-se neutro, apesar de tão próximo do conturbado Vietnã - os dois
países e o Laos formavam a antiga Indochina. Sihanouk franqueou o
território cambojano ao refúgio de vietcongues e civis que fugiam dos
horrores da guerra. Os refugiados vietnamitas elevaram, em poucos anos, a
população de Phnom Penh, capital do Camboja, para 2,5 milhões de
habitantes. Um golpe de Estado - com o apoio dos EUA e do
Vietnã do Sul - depôs o Governo de Sihanouk em março de 70. No exílio,
ele formou o Governo Real de União Nacional do Camboja, em parceria com o
Khmer Vermelho. A miséria social desfigurava a capital cambojana,
tomada por famintos e doentes. No interior, os bombardeios constantes
dos americanos tornavam impossível a sobrevivência.
Crianças vítimas do Khmer Vermelho. |
A entrada
das tropas revolucionárias do Khmer Vermelho em Phnom Penh, em 17 de
abril de 1975, encontrou pouca resistência. O que se seguiu, porém,
assombrou o mundo. Embora Sihanouk tenha sido declarado chefe de Estado,
o comando do país ficou nas mãos do Khmer Vermelho. Em 76, seu líder,
Pol Pot, assumiu o poder como primeiro-ministro, após a renúncia de
Sihanouk. Por mais de 20 anos, o mundo soube das atrocidades
narradas pelos refugiados cambojanos que conseguiam chegar à Tailândia. Durante a revolução do Camboja, Pol Pot rebatizou o país como República
Democrática do Kampuchea, e após a invasão de Phnom Penh as pagodas,
teatros e museus da cidade transformaram-se em chiqueiros. Ele defendia
uma sociedade 100% agrária e ordenou a destruição de qualquer rastro de
tecnologia. No campo, o trabalho começava às 4 horas da manhã e terminava às 10 horas da noite. Os camponeses recebiam uma xícara de arroz a cada dois dias. Mais de 90% da classe artística foi exterminada. O
sanguinário Pol Pot fugiu quando as tropas vietnamitas ocuparam o
Camboja, em 1979, e só reapareceu em 1997. Condenado à prisão perpétua
(domiciliar) por genocídio, morreu no ano seguinte.
Depósito de restos mortais de vítimas do Khmer Vermelho. |
Após a
catástrofe mundial que devastou o Camboja e deixou o mundo de joelhos
dobrados perguntando a que ponto o ser humano pode chegar em nome de uma
ideologia assassina, só restaram lembranças e memórias negras. Três
décadas depois, um dos responsáveis por uma das maiores atrocidades que o
ser humano já presenciou, chorou e implorou pelo perdão no banco dos
réus, em uma corte formada por três juízes cambojanos, um francês e um
neozelandês reunida em Phnom Penh, capital do Camboja, sob a supervisão
das Nações Unidas.
Sob o regime de Pol Pot (1928-1998), o
sanguinário líder do Khmer Vermelho, Duch, mais de 1,7 milhão de pessoas
foram assassinadas. Só a prisão de Toul Sleng, uma antiga escola
secundária convertida em “Campo de Matança”, recebeu 14 mil homens,
mulheres e crianças. Apenas sete prisioneiros saíram de lá com vida. Mas
em 2008, num procedimento que fez parte da ação judicial movida contra o
Khmer Vermelho, mal sabia Duch, que seria obrigado a visitar o antigo
presídio que comandava, hoje um museu, e encarar o inferno que criou.
Ele chorou diante de uma câmera de vídeo ao implorar o perdão daqueles
que torturou e matou. Na corte que vai decidir seu futuro, ele voltou a
chorar. “Envio minhas condolências à alma de sua mulher”, disse, depois
de ouvir o depoimento de Bou Meng, um sobrevivente de Toul Sleng cuja
mulher foi assassinada na prisão. Mas nem todas as lágrimas do mundo juntas conseguem lavar todo o sangue derramado! Homens, mulheres, idosos, crianças, todos estes tiveram que aprender a conviver com a morte! E mal sabiam eles que iriam fazer parte do saldo estarrecedor de mais de um milhão de mortos pelas mãos deste regime comunista.
As crianças tiveram que aprender a conviver com a morte. |
Aqueles que sofreram os
horrores do regime de Pol Pot, perguntavam-se perplexos: “Que tipo de
justiça é possível agora?” Esta pergunta foi feita Marshall Kim,
refugiado que hoje é dono de um salão de beleza em Manhattan. Kim tinha
15 anos quando viu soldados do Khmer forçar seus vizinhos a cavar os
buracos em que seriam enterrados vivos. “Chorei até não ter nenhuma
lágrima”, afirma Kim. Ele não quer esquecer o que viveu, mas acredita
que a ONU não aprendeu a única lição que os Campos de Matança poderiam
ensinar. Então, amigos, vos deixo a pergunta de Kim, que parece ainda
não ter sido respondida: Que tipo de justiça é aplicável em casos como
estes, tão comuns no comunismo? Esta é uma pergunta que parece não ter resposta, e este crime deixou uma marca que, com certeza, estará presente na carne e na memória de todo o ser humano por toda a eternidade. Então, meus caros, uni-vos contra o regime, cuja ideologia devastou e continua a devastar toda a humanidade! Lutemos em memória dos fantasmas vítimas do Khmer Vermelho, ou em outras palavras, o Holocausto Cambojano!
Vítimas do regime comunista de Pol Pot. |
3 comentários
Algo que eu notei e não sei se é o certo ressaltar, é a participação dos EUA no golpe de Estado. Com relação a toda essa história do Camboja e dos milhões mortos pelo regime comunista eu não tinha conhecimento. Acredito até que são poucas as pessoas que vão lembrar dessa horror. Interessante é perceber como uma ideologia pode ser tão profana. Isso é reflexo de quando o homem deseja dominar ou melhor, quando o homem deseja ser o Deus.
ResponderExcluirEssa postagem é antiga, mas eu não tinha lido como a grande maioria. Estou de volto. Notei que não está tendo novas postagens.
Abraço, Andrei!
Colocou perfeitamente, o homem tentando ser Deus. Enfim, é verdade, tenho focado mais na comunidade do Facebook, mas pretendo voltar a postar aqui também! Grande abraço!
ExcluirO comunismo é essencialmente um paraíso sem Deus, mas a afirmação sem Deus PESA muito.
Excluir